domingo, 25 de abril de 2010

Selene e Helder

Esse é o primeiro rascunho da minha próxima fic, por enquanto a chamo de Selene e Helder que é o nome dos protagonistas. Bem, espero que gostem ^.^

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Estava cavalgando o mais rápido possível. Sentia a baixo de mim o cavalo que estava em um último esforço, sabia que ele não agüentaria muito tempo. Devia fazer alguns minutos que estava naquela floresta, mas para mim parecia horas. As folhas amarelas que caíram no último outono revestiam o chão. As árvores de troncos grossos faziam daquele lugar um verdadeiro labirinto. Raios de sol penetravam pelos pequenos espaços deixados por essas e a neblina sempre presente dava a floresta um ar misterioso. Possivelmente o que levou a crença popular que era uma floresta assombrada.
Mas nesse momento isso nem se passava pela minha cabeça, a única coisa que eu sabia era que se o meu cavalo parasse de andar eu estava morto. Agora quis mais do que qualquer coisa que Hertlyn estivesse comigo. Ele me tiraria dessa situação. Só que ele estava longe, muito longe. E eu precisava correr.
Tentei ouvir meus perseguidores, mas o único barulho além do trotar do meu cavalo era o das águas de um rio e os pássaros que se escondiam nos galhos das imensas árvores. Quem sabe eles tenham desistido, Deus sabe o quanto as pessoas desse reino odeiam essa floresta.
Chegamos a uma clareira, desci do cavalo. Então eu vi, vindo das sombras das árvores, por todos os lados, os homens do rei. Amaldiçoei baixo tudo e todos. Não acredito que caí em uma armadilha. Peguei minha espada na bainha. Se era para morrer, morreria lutando.
Eles vieram para cima de mim, como verdadeiros maníacos sanguinários. Em um segundo, tinha cerca de vinte deles apontando lanças em minha direção. Pela primeira vez depois que me separei de Hertlyn fiquei feliz por ele não estar comigo, não que aqueles soldadinhos fossem pálios para ele, mas não queria que ele me visse morrer de forma tão inútil, sem nem ter conseguido cumprir minha missão.
Ouvi as ordens do que devia ser o líder daqueles homens, ele dizia que não queria que ninguém me matasse, eu era seu. Todos eles baixaram as armas ao ouvirem a ordem. Reconheci aquela voz. Olhei para direção de onde ela vinha, e sem surpresas vi Durk. Ele ainda carregava a cicatriz que passava de cima de seu olho direito e acabava perto do queixo. Aquela que eu fiz na última vez que nos enfrentamos. Ele sorria para mim, como se estivesse esperando esse momento desde nosso último confronto. Sorria por sentir o doce gosto da vingança.
Então, enquanto eu ainda olhava para Durk vi uma flecha transpassar seu corpo. Todos olhavam surpresos, um para o outro, tentando entender quem tinha atirado. Então uma neblina começou a se formar, ainda mais espessa que a outra. Não consegui ver nada a não ser o branco. Ouvi o que devia ser o grito dos outros ao serem atingidos. Outros gritavam que aquela era uma floresta amaldiçoada. Eu apenas me abaixei, tentando me esquivar de qualquer flecha e comecei a andar para as bordas da clareira, na esperança de encontrar meu cavalo e me mandar da li. Não que eu acreditasse nessa história de floresta amaldiçoada, mas era melhor sair dali de qualquer maneira.
Só que antes que eu conseguisse ir a qualquer lugar que fosse, a neblina desceu. Olhei e vi alguns soldados mortos no chão. Me levantei o mais rápido o possível, vi meu cavalo do outro lado da clareira. Fui em passadas rápidas até lá. Então, alguém pulou de cima das árvores e acabou na minha frente. Usava uma capa verde que descia até seus pés. Botas marrons de couro. Nas costas um arco e uma aljava. E, o que mais me surpreendeu, além do fato de ter pulado de cima daquelas árvores. O fato de ser uma mulher. Aqueles olhos azuis tempestuosos e cabelos pretos como se fios de noite. Sua pele era branca como a lua. Mas nos seus lábios rosados nenhum sorriso pairava. Algo me dizia para ter medo daquela garota que devia ser mais nova que eu.
Seguindo meus extintos levantei minha espada e fiquei em posição de luta. Esse extinto já havia me salvado várias vezes, por que não seguiria ele hoje?
-Então se atreve a erguer a espada contra mim, humano insolente?
Sua voz era doce, mesmo que as palavras ásperas. O jeito que ela falava me lembrava alguém, mesmo que eu não me lembrasse especificamente de quem. Abri um sorriso de irônico, só para irritá-la.
-E ainda sorri. Quem está pensando que é?
Deveria ter seguido meu caminho sem me incomodar com ela, deveria ter continuado andando até meu cavalo, deveria ter saído daquela floresta, devia ter seguido até a terra dos elfos mesmo sem saber a onde fica, deveria ter cumprido minha missão. Mas tinha algo nela, naquela garota que me deixou curioso. O que ela fazia no meio daquela floresta? O que ela fazia pulando de árvores? E afinal, quem era para ficar falando daquele jeito, tão diferente?
-E você, quem é?
Perguntei de modo desafiante, a expressão dela era de puro ódio crescente.
-Como se lhe interessasse. Vai pagar agora pela suas insolências, primeiro de entrar nessa floresta e trazendo esses soldados e em segundo pelo jeito de falar para comigo.
E então, de baixo de sua capa tirou uma espada longa e esguia, com a base incrustada de esmeraldas. Começamos a lutar. Ela se movia rapidamente, e o que me surpreendeu. Seus movimentos eram precisos e ela lutava tão bem quanto eu. Não demorei a perceber que ela estava lutando para valer. Sabia que se eu errasse uma vez que fosse ela acabaria comigo. Emendei uma série de movimentos difíceis, passei a espada de uma mão para outra e achei uma falha em sua defesa. Passei minha espada por lá e acabei por feri – lá na barriga. Vi seu rosto ser tomado pela surpresa.

2 comentários:

Team Teens disse...

Muito bom!!

Amei BiBi!

Continue tá!!

bjão linda!

Bibi disse...

Oi!
Muito obrigado ^3^
É bom saber que você gostou =]
Claro, mas ainda tenho que ver como será o resto...
Beijokas